Quando assumi o Capão no ano passado, na condição de treinador dos 50tinhas, tinha um grande desafio: ser campeão em um grupo que já estava acostumado a decidir mas que passava um momento de instabilidade.
A primeira impressão foi muito ruim. Briga entre o treinador Juninho e o atacante James, expulsão do atacante Jajá ainda no primeiro tempo, alguns jogadores "corneteando" a atuação de outros, enfim....eu teria muito trabalho.
Minha primeira ação foi a de organizar o time já com a numeração correta de acordo com a posição em campo. (antes todos já tinham seu número de camisa garantido).
A segunda foi não deixar a "primeira impressão" influenciar em minhas decisões.
E nesta linha consegui, como treinador, adotar critérios que, se de um lado não foram aceitos por todos, serviram para transformar o ambiente do "Tricolor de Aço" e deixá-lo muito mais tranquilo.
Isto feito o sucesso era só uma questão de tempo.
E, como está sendo vivenciado atualmente na seleção, o atacante Jajá recebeu toda minha confiança e cabia a ele provar que o treinador anterior não soube aproveitar seu potencial. (que aqui não soe como crítica ao Juninho, é apenas para comparações da situação de Fred e Mano Menezes).
E aí deu o que todo mundo viu. Jairton, o popular Jajá, foi o ponto de desequilíbrio do Tetra campeão Capão.
Artilheiro nato e com grande qualidade técnica Jajá foi peça chave desta conquista.
Autor dos gols decisivos comparo-o ao Alex Mineiro na conquista do Atlético em 2001.
Se de um lado não fez gol no jogo final, sempre preocupou os adversários de modo que o "trabalho" do treinador sempre era facilitado.
Hoje defendendo (ou seria atacando com) o Zezitos demonstra o seu faro de gol e está disputando a ponta da artilharia do campeonato.Fato nada novo para este "sensacional" jogador e "exemplar" pessoa.
JAJÁ em campo, já já o placar não fica em branco.
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